Soneto de Ausência

Quando uma paixão se vai, a solidão se instala
Tudo que é sentimental não tem mais importância
Pra cada novo olhar de amor, o coração se cala
Que os olhos da alma estão perdidos na distância

Fica à sombra do abajur o vulto de uma ausência
Fica a sala de visita sem luz acesa
Dá uma sensação ruim no peito de impotência
E quem vem pra conversar com a gente é a tristeza

Mas o espinho que ficou da flor o tempo corta
Pois mercê de longa espera o coração se cansa
Só que mesmo da poeira de uma folha morta

Um perfume vago acende uma lembrança
E quando a gente olha o espelho vê na realidade
Atrás da face, a face oculta de uma saudade



Credits
Writer(s): Paulo Cesar Francisco Pinheiro, Francis Hime
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